As máquinas de gelados do McDonald’s são famosas pelas suas avarias frequentes, e a iFixit, uma empresa norte-americana de reparação, está a trabalhar para que seja mais fácil repará-las.
Num vídeo divulgado na passada terça-feira, a iFixit, conhecida pelas suas desmontagens e guias de reparação de produtos electrónicos de consumo, desmontou uma máquina de gelados da McDonald’s para investigar a causa das suas frequentes avarias. De acordo com o mesmo vídeo, à data da sua publicação, estimava-se que pelo menos 34% das máquinas de gelados estariam avariadas só no estado de Nova Iorque. Segundo análise da norte-americana, no seguimento deste vídeo, as máquinas de gelados da McDonald’s apresentam códigos de erro demasiado complicados. Este facto, associado a um contrato de reparação exclusivo entre a McDonald’s e o fabricante da máquina, a Taylor, cria uma dependência muito grande dos técnicos de assistência, tornando o processo simultaneamente dispendioso e moroso. A empresa Kytch já tinha desenvolvido um dispositivo que traduzia os códigos de erro em instruções simples para reparar as máquinas de gelados, no entanto, a McDonald’s esmagou rapidamente esta iniciativa, alegando “riscos de segurança” não comprovados, de acordo com Elizabeth Chamberlain, especialista em reparações da iFixit.
Neste contexto, a equipa da iFixit decidiu “fazer justiça pelas suas próprias mãos” devido às limitações impostas pela lei norte-americana dos direitos de autor. No vídeo publicado, Elizabeth Chamberlain, a directora de sustentabilidade da iFixit, expressou o desejo da equipa em criar um dispositivo semelhante ao da Kytch que pudesse ler os códigos de erro destas máquinas, contudo, vêm-se impossibilitados de o fazer devido à Lei dos Direitos de Autor do Milénio Digital (DMCA), estando o software que está a bloquear o acesso às máquinas.
Assim, A iFixit e a Public Knowledge solicitaram uma isenção da lei para este propósito, semelhante à que obtiveram para outros produtos, tendo por isso pedido ao Congresso que reintroduzam a Lei da Liberdade de Reparação.
A continuação do artigo original via The Times of India pode ser lido aqui.