Destaque

Erros de Software Cada Vez Mais Responsáveis por Recalls de Veículos

Todos os anos, dezenas de automóveis pesados e ligeiros são sinalizados por problemas de segurança tão graves que exigem uma reparação imediata para corrigir um defeito conhecido. O número de recalls, ou recolha dos mesmos, bem como o número de veículos afectados, tem vindo a aumentar nas últimas décadas – só em 2023, foram recolhidos mais de 30 milhões de veículos. Segundo as estatísticas norte-americanas, cada vez mais as recolhas de segurança revelam a necessidade de corrigir um problema eletrónico: As avarias relacionadas com o software são agora responsáveis por mais de 1 em cada 5 recolhas de automóveis, de acordo com uma análise divulgada no início deste ano, relativa a uma década de dados de recolha da Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário, pelo escritório de advocacia DeMayo Law. Uma estimativa separada da Envorso, uma empresa de consultoria americana especializada em estratégia de software para o sector automóvel, destacou um impacto ainda mais dramático: O número total de veículos afectados por recolhas relacionadas com erros de software saltou de quase 15% de todos os veículos recolhidos em 2023, para quase 42% de todos os veículos recolhidos até agora este ano. Por outras palavras, mais de 12 milhões de veículos foram recolhidos devido a problemas de software até ao final de outubro. No início deste ano, a Stellantis fez uma recolha de mais de um milhão de veículos nos EUA devido a um problema de software, que impedia que as câmaras de visão traseira de funcionarem corretamente. Uma investigação da Detroit Free Press, publicada no início deste ano, revelou ainda que milhões de automóveis usados e envelhecidos, que circulam atualmente nas estradas dos EUA não estão a ser reparados, apesar dos defeitos perigosos identificados pelos fabricantes de automóveis e pelo governo federal. A investigação concluiu, também, que os fabricantes destes automóveis estão a fazer poucos progressos na reparação dos seus modelos mais antigos com problemas de segurança, colocando um grupo crescente e vulnerável de condutores em risco desnecessário.    A continuação do artigo original via Detroir Free Press pode ser lida aqui. 

Germany: Software Error Affects Regional Elections

Na Alemanha, um erro de software afetou as eleições estaduais na Saxónia, levando a um cálculo errado dos novos lugares do parlamento. A administração eleitoral do Estado esclareceu agora a situação. A falha de software no cálculo da distribuição de lugares no novo parlamento estadual da Saxónia foi corrigida, e este erro não teve qualquer efeito no resultado provisório das eleições, segundo a administração eleitoral estatal. De acordo com os resultados preliminares, a CDU obteve um resultado de 31,9%; com o AfD logo atrás com 30,6% e o BSW alcançou 11,8% desde o início. O SPD ficou com 7,3% e os Verdes com 5,1%. O Partido da Esquerda caiu para 4,5% e o FDP para 0,9%. A decisão sobre a distribuição dos lugares no 8º Parlamento do Estado da Saxónia será tomada pela comissão eleitoral estatal após o resultado final oficial, que ainda está pendente, acrescentou a administração. No entanto, devido ao novo cálculo após o acidente, o AfD muito provavelmente não terá a chamada “minoria de bloqueio” no estado. O partido iniciou uma investigação – “Se houver alguma irregularidade, vamos tomar medidas legais”, disse Jörg Urban, o líder do grupo parlamentar e estadual da AfD na Saxónia, exigindo uma análise precisa do erro. Uma “minoria de bloqueio” significa que um partido tem mais de um terço dos mandatos no parlamento estadual. Neste caso, pode impedir certas leis estaduais que são aprovadas com uma maioria de dois terços de todos os deputados. Na Saxónia, tal como noutros Estados federados, os juízes constitucionais e o presidente do Tribunal de Contas, por exemplo, são eleitos por uma maioria de dois terços dos deputados. Isto significa que certos cargos não poderiam ser preenchidos sem a aprovação da AfD, que também poderia ter impedido que o parlamento estadual se dissolvesse. O artigo originais via Diesachen pode ser lido aqui. 

Bug Forces Recall of Volvo's New Electric Car

Recentemente, a Volvo anunciou a recolha de mais de 72 mil veículos elétricos devido a um erro de software. Segundo o comunicado da gigante sueca, estes veículos modelo EX30 podem acidentalmente apresentar um “ecrã de teste” no monitor central, obscurecendo as estatísticas de condução normais apresentadas, incluindo o velocímetro e as funcionalidades de info-entretenimento. A causa exacta do problema ainda não foi revelada. O bug foi detetado pela primeira vez durante o mês passado, quando a Volvo anunciou uma recolha de 1.255 veículos, especificamente na Austrália. “Devido a um erro de software, o ecrã da unidade de informação e lazer pode entrar num modo de teste durante o arranque do veículo. Isto pode impedir que informações importantes, como a velocidade do veículo, sejam exibidas”, lê-se no recall australiano. “A não apresentação de informações importantes pode aumentar potencialmente o risco de ferimentos ou morte dos ocupantes do veículo e de outros utentes da estrada.” De facto, o que torna este erro especialmente problemático é que, ao contrário de quase todos os outros carros, todas as estatísticas e informações destes modelos Volvo, como a velocidade, estão localizadas apenas no ecrã central. Por esse motivo, quando ocorre um erro desta natureza no ecrã de teste, os condutores ficam sem saber exatamente a que velocidade circulam. Felizmente para os proprietários do EX30, não será necessário levar os seus veículos à oficina ou aos concessionários para que o erro seja corrigido. Uma atualização, denominada versão 1.3.1, está agora disponível para que qualquer utilizador a possa descarregar e instalar. Esta não é a primeira vez que a Volvo se depara com problemas de software nos seus automóveis mais recentes. De acordo com as declarações públicas da Volvo, o EX90 topo de gama sofreu um atraso de meio ano apenas para se concentrar no desenvolvimento de software. Os riscos são elevados quando se trata de software e de potenciais problemas, especialmente quando componentes importantes de um veículo dependem diretamente do software para funcionarem corretamente.   O artigo originais via TheRegister pode ser lido aqui. 

Bug Forces Insulin Control App to be Taken Off the Market

A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos da América anunciou recentemente um recall (retirada do mercado) do mais alto nível de gravidade, para uma aplicação móvel ligada a uma bomba de insulina. A aplicação, o t:connect Mobile App iOS v2.7 da Tandem Diabetes Care, foi retirada devido a um bug que afetou a sua comunicação com a bomba de insulina t:slim X2. Este erro de software detectado pode colocar os pacientes com diabetes, que dependem da aplicação para controlar os seus níveis de insulina, em grave risco de saúde. A FDA aconselhou os pacientes a parar de usar a versão afetada da aplicação por enquanto, e voltar a usar a interface de utilizador integrado da bomba de insulina, até que o problema seja resolvido. A empresa Tandem Diabetes Care já está resolver o problema e espera-se que em breve disponibilize uma atualização corrigida do software. Os utilizadores, entretanto, foram encorajados a acompanhar atentamente os seus níveis de glicose e a consultar os seus profissionais de saúde sobre a gestão da sua insulina. Na análise ao problema em questão, observou-se que esta aplicação – destinada a ser sincronizada com a bomba de insulina t:slim X2 – pára e reinicia abruptamente, o que  pode levar ao rápido esgotamento da bateria da bomba e os utilizadores podem não aceder ou controlar a mesmo através da aplicação. Nestas situações, podem ocorrer interrupções na administração de insulina, o que coloca graves problemas de saúde para os pacientes dependentes da bomba.   O artigo originais via BaselineMag pode ser lido aqui. 

iOS 17.5 Bug Revives Deleted Photos

Na passada semana a Apple lançou a mais recente atualização do seu sistema operativo, iOS 17.5, e embora esta atualização não tenha trazido consigo muitos recursos novos, o seu lançamento ficou marcado por um erro de software que faz com que as fotografias antigas reapareçam na galeria, mesmo já tendo sido apagadas. Os primeiros relatos deste problema surgiram através das redes sociais, sobretudo no Reddit, onde alguns utilizadores demonstraram a sua surpresa ao se aperceberem que encontraram fotografias antigas, que já tinham sido apagadas há anos, marcadas como “recentemente carregadas” na iCloud. Um outro utilizador chegou partilhar um episódio semelhante: “Tenho quatro fotos de 2010 que continuam a aparecer como as últimas fotos carregadas na iCloud. Já as apaguei várias vezes”. “Tinha uma fotografia de um concerto tirada com a minha câmara Canon, que reapareceu na biblioteca do meu telemóvel, como se tivesse sido adicionada hoje” – acrescentou outro utilizador. Não é clara a razão que levou a este problema, mas dado que algumas das fotografias foram aparentemente tiradas há anos, não se pode tratar de um problema de não eliminação de fotografias recentemente apagadas. Na aplicação “Fotos” da Apple, as fotografias e vídeos eliminados são mantidos no álbum “Eliminados” durante 30 dias, para que os utilizadores possam recuperá-los ou removê-los permanentemente de todos os dispositivos.Ainda assim, os relatórios mais recentes indicam que se possa tratar de um bug de indexação, corrupção da biblioteca de fotos ou um problema de sincronização entre dispositivos locais e a iCloud Photos. Outra possibilidade é que, ao tentar corrigir um bug de sincronização de fotos que ocorreu no iOS 17.3, a Apple inadvertidamente causou um novo problema de sincronização que pode envolver backups da iCloud. Alguns utilizadores que executaram o iOS 17.5 developer beta 4 relataram, anteriormente, experiências semelhantes. Os artigos originais via PPLWare e Tom’s Guide pode ser lido aqui e aqui.

3 Maneiras de se Destacar no Mundo dos Testes de Software

Para quem deseja progredir na sua carreira profissional, aqui ficam três sugestões que lhe permitirão destacar-se no mundo dos Testes de Software: 1. Cada vez mais empresas exigem uma certificação de teste de software ISTQB® para as funções de tester/QA. Por isso, se ainda não possui uma certificação ISTQB® Nível Foundation, não perca mais tempo! Esta certificação é obrigatória antes de qualquer outra, e pode de facto ajudar a impulsionar o seu percurso profissional, possibilitando a progressão na sua atual empresa, ou até mesmo a conseguir um novo emprego. 2. Ter uma certificação ISTQB® Nível Foundation é o primeiro passo na direcção certa, no entanto, as empresas gostam que os seus colaboradores evoluam nos seus conhecimentos, e por esse motivo, deverá também procurar outras certificações ISTQB®. Felizmente, a PSTQB tem à sua disposição todas as certificações ISTQB® disponíveis: não só focadas em áreas específicas, como o caso da ISTQB® CTFL Mobile Application Tester ou mesmo da ISTQB® CTFL Gambling Industry Tester; passando também para as mais comuns, como a ISTQB® CTFL Agile Testing; até à mais recente e que tem despertado bastante curiosidade na comunidade, como a ISTQB® CTFL AI Testing. Por outro lado, poderá também recorrer a níveis mais avançados, caso a sua carreira assim o exija: neste caso, o ISTQB® CTAL Test Manager e o ISTQB® CTAL Test Analyst, ou mesmo o ISTQB® Techincal Test Analyst são bons exemplos de passos a serem considerados. 3. Se estiver interessado em garantir uma certificação ISTQB®, faça-o através da PSTQB, com o apoio de alguma entidade entidade formadora autorizada, ou mesmo de forma autónoma se assim o desejar. Caso seja bem-sucedido, não se esqueça de atualizar o seu CV e perfil nas redes sociais profissionais, mantendo-se também em contacto com outros testers/QA’s no mercado.   Artigo original traduzido e adaptado do American Software Testing Qualifications Board (ASTQB).

Software Error Erases Games from PS5 Consoles

Segundo relatos nas redes sociais e fóruns, nos últimos meses, um erro de software afetou os utilizadores da PlayStation Network (PSN), que fez com que os seus jogos fossem removidos do seu histórico de transacções, impossibilitando por isso de serem utilizados. Inicialmente, este problema foi detetado e exposto por um utilizador através da rede social Reddit. “Nos últimos meses, tem havido um erro que afecta um número relativamente pequeno de utilizadores da PSN”, começa por dizer a publicação. O erro, alegadamente, envolve a desvinculação de jogos comprados e títulos adicionados à sua biblioteca através da PlayStation Plus (PS+) do seu histórico de transacções. Concretamente, este bug parece estar relacionado com as licenças de jogo, que fez com que os jogadores recebessem a mensagem de erro CE-117773-6, aquando da sua utilização.  Segundo o autor da publicação original, os utilizadores afetados podem reparar que o seu histórico de transacções aparenta estar a funcionar corretamente normal, no entanto, o separador “Comprados” apenas mostra os títulos que foram adicionados após o erro – “Ao tentar fazer o download, ser-te-á pedido que o compres/adiciones na PS+, mas se tentares fazer isso, o sistema dir-te-á que já tens o conteúdo.” Na prática, segundo este utilizador, os jogos instalados afetados pelo bug aparecem com um ícone de cadeado e não são iniciados. Desde que foi publicado, o post recebeu milhares de reacções e centenas de comentários. “Precisamos que os legisladores aprovem leis que protejam os direitos dos consumidores quando se trata de bens digitais”, afirmou um outro utilizador. É certo que a propriedade digital tem uma série de vantagens em relação aos jogos físicos, sendo mais rápidos de carregar e evitando o acumular/armazenamento de discos. Ainda assim, apresentam um grande inconveniente, uma vez que estão sujeitas às empresas de poderem retirar o acesso aos jogos em qualquer altura. Não sendo este o caso, mas a vulnerabilidade aos erros e falhas têm impedido as pessoas de aceder temporariamente aos seus jogos. Houve, por outro lado, quem defendesse a Sony, afirmando que todos os softwares estão sujeitos a bugs em qualquer momento – “Não existe nenhum software amplamente utilizado que não tenha bugs”, lê-se na mesma publicação. O autor do tópico original ofereceu ainda algumas dicas a alguns utilizadores que podem ser afectados pelo suposto erro: “A minha recomendação para qualquer pessoa que receba uma mensagem de erro ao tentar lançar um jogo que anteriormente foi lançado normalmente é que vá primeiro a Playstation.com e verifique a sua biblioteca de jogos – “Dêem uma vista de olhos ao separador “Compras” e certifiquem-se de que corresponde ao vosso histórico completo de jogos comprados/adicionados na PS+”, acrescentou. Deixando ainda um alerta: “Se alguma coisa parecer errada, não executem o comando ‘Restaurar Licenças‘ na vossa consola”. O US Sun contactou a Sony para comentar esta questão, mas ainda não obteve resposta.   O artigo original via TheSun e USTimesPost pode ser lido aqui e aqui.

Thousands Affected by Telecommunications Bug

Na passada semana, uma falha de energia generalizada levou a que a gigante norte-americana de telecomunicações AT&T temesse o pior, no entanto, o problema esteve longe de ser algo realmente nefasto. A causa da interrupção da rede da AT&T foi revelada, e numa declaração publicada no site da própria empresa, e partilhada com a CNET, o problema em questão foi o resultado de um software e não de um ciberataque – “Com base na nossa análise inicial, acreditamos que a interrupção de hoje foi causada pela aplicação e execução de um processo incorreto utilizado quando estávamos a expandir a nossa rede, e não por um ciberataque”, diz o comunicado. Pode-se ler ainda: “Estamos a continuar a nossa avaliação da interrupção de hoje para garantir que continuamos a prestar o serviço que os nossos clientes merecem.” Esta interrupção ainda durou várias horas, afetando inclusivamente a conectividade móvel para usuários AT&T em todo o país. Além disso, uma fonte familiarizada com o assunto, afirmou à CNET que o problema ocorreu enquanto a AT&T fazia a sua manutenção regular, o que normalmente acontece durante a noite. Relatórios nas redes sociais sugeriram ainda que a interrupção foi generalizada, com Downdetector, um site onde os usuários podem relatar problemas com sites e serviços, mostrando um pico de problemas com a AT&T em todo o país. A operadora recomendou que os clientes utilizassem outros serviços, como chamadas Wi-Fi para se ligarem a outras pessoas enquanto a rede estivesse em baixo. O artigo original via CNET pode ser lido aqui.

Software Error Affects Alpha Rocket Landing

Uma falha no software no sistema GNC (Guidance, Navigation and Control – “Orientação, Navegação e Controlo”), na fase superior do foguetão Alpha da Firefly Aerospace levou a que a carga útil não fosse colocada em órbita baixa. Durante a missão Fly the Lightning, no dia 22 de dezembro, a fase superior do Alpha não funcionou como planeado devido a um erro no software GNC, afirmou a Firefly num comunicado emitido este mês. Esta falha deixou a fase superior e a sua carga útil, um satélite de demonstração da Lockheed Martin, numa órbita de baixo perigeu. Após uma investigação que envolveu a Firefly e peritos independentes, descobriu-se que “um bug impediu o sistema de enviar os comandos de impulso necessários para os motores do sistema de controlo de reação antes da segunda fase”. A equipa do Firefly não revelou os detalhes deste problema, mas a avaliação preliminar é que este sistema foi utilizado para garantir a orientação correcta da fase e a regulação do combustível no motor. Bill Weber, diretor executivo da Firefly, disse que a equipa estava orgulhosa do seu trabalho que conduziu a uma investigação positiva. Segundo o próprio, tratou-se de uma importante conquista, e o objetivo a longo prazo é o desenvolvimento do Alpha como um foguete confiável que está em demanda no mercado de lançamento espacial. A Firefly está atualmente a trabalhar para corrigir o erro do software GNC e implementar outras alterações para melhor identificar problemas semelhantes no futuro. A empresa norte-americana afirmou ainda que o Alpha estará pronto para o seu próximo lançamento nos próximos meses, mas não foi indicada uma data específica. Como resultado deste erro, o satélite da Lockheed Martin acabou por entrar em órbita com um perigeu inicial de cerca de 215 quilómetros. A Lockheed acelerou os testes da tecnologia de antenas de satélite e atingiu objectivos de missão significativos em apenas algumas semanas. O satélite entrou na atmosfera terrestre a 10 de fevereiro. A Firefly não anunciou uma data exacta para o regresso do foguetão Alpha, mas os executivos da empresa confirmaram que planeia realizar quatro lançamentos Alpha este ano, tal como planeado antes do incidente. Brett Alexander, diretor de receitas da Firefly, mostrou-se confiante de que o incidente não irá abrandar o crescimento da empresa. O artigo original via Gadget Tendency pode ser lido aqui.

Insurer Claims Millions Due to Software Error

A seguradora de saúde CZ quer que os clientes reembolsem milhões pagos devido a um erro informático Na Holanda, a seguradora de saúde CZ, viu o seu sistema a ser afetado por um erro de software, responsável por gerar automaticamente uma declaração que levou a dezenas de milhares de clientes a receberem reembolsos mais elevados do que aqueles a que tinham direito em 2022 e 2023. Segundo o De Volkskrant, diário neerlandês, a CZ exige agora a devolução desse dinheiro, tratando-se de uma quantia a rondar os milhões de euros. O erro em questão está relacionado com a avaliação dos tratamentos dentários das pessoas que subscreveram um seguro complementar para esse efeito. Em causa está a cobertura de tratamentos que resultaram de um acidente, e em alguns casos, a CZ pagou também tratamentos que não estavam relacionados com qualquer tipo de acidente. Segundo o anúncio através de uma carta enviada aos clientes afetados no final de janeiro, a seguradora neerlandesa admite que: “ocorreu um erro nos nossos sistemas”. O facto dos clientes da CZ não serem os culpados pelo erro não é razão para a CZ não recuperar o dinheiro: “De facto, as pessoas receberam uma indemnização a que não tinham direito”, declarou o porta-voz da CZ. Se a empresa não recuperar o dinheiro, todos os segurados terão de pagar pelo erro, “o que não é justo”, acrescentou, admitindo ainda que a maior parte dos clientes terá apenas de reembolsar algumas dezenas de euros. O artigo original via NL Times pode ser lido aqui.