Destaque

Bug do iOS 17.5 Faz Renascer Fotografias Apagadas

Na passada semana a Apple lançou a mais recente atualização do seu sistema operativo, iOS 17.5, e embora esta atualização não tenha trazido consigo muitos recursos novos, o seu lançamento ficou marcado por um erro de software que faz com que as fotografias antigas reapareçam na galeria, mesmo já tendo sido apagadas. Os primeiros relatos deste problema surgiram através das redes sociais, sobretudo no Reddit, onde alguns utilizadores demonstraram a sua surpresa ao se aperceberem que encontraram fotografias antigas, que já tinham sido apagadas há anos, marcadas como “recentemente carregadas” na iCloud. Um outro utilizador chegou partilhar um episódio semelhante: “Tenho quatro fotos de 2010 que continuam a aparecer como as últimas fotos carregadas na iCloud. Já as apaguei várias vezes”. “Tinha uma fotografia de um concerto tirada com a minha câmara Canon, que reapareceu na biblioteca do meu telemóvel, como se tivesse sido adicionada hoje” – acrescentou outro utilizador. Não é clara a razão que levou a este problema, mas dado que algumas das fotografias foram aparentemente tiradas há anos, não se pode tratar de um problema de não eliminação de fotografias recentemente apagadas. Na aplicação “Fotos” da Apple, as fotografias e vídeos eliminados são mantidos no álbum “Eliminados” durante 30 dias, para que os utilizadores possam recuperá-los ou removê-los permanentemente de todos os dispositivos.Ainda assim, os relatórios mais recentes indicam que se possa tratar de um bug de indexação, corrupção da biblioteca de fotos ou um problema de sincronização entre dispositivos locais e a iCloud Photos. Outra possibilidade é que, ao tentar corrigir um bug de sincronização de fotos que ocorreu no iOS 17.3, a Apple inadvertidamente causou um novo problema de sincronização que pode envolver backups da iCloud. Alguns utilizadores que executaram o iOS 17.5 developer beta 4 relataram, anteriormente, experiências semelhantes. Os artigos originais via PPLWare e Tom’s Guide pode ser lido aqui e aqui.

3 Maneiras de se Destacar no Mundo dos Testes de Software

Para quem deseja progredir na sua carreira profissional, aqui ficam três sugestões que lhe permitirão destacar-se no mundo dos Testes de Software: 1. Cada vez mais empresas exigem uma certificação de teste de software ISTQB® para as funções de tester/QA. Por isso, se ainda não possui uma certificação ISTQB® Nível Foundation, não perca mais tempo! Esta certificação é obrigatória antes de qualquer outra, e pode de facto ajudar a impulsionar o seu percurso profissional, possibilitando a progressão na sua atual empresa, ou até mesmo a conseguir um novo emprego. 2. Ter uma certificação ISTQB® Nível Foundation é o primeiro passo na direcção certa, no entanto, as empresas gostam que os seus colaboradores evoluam nos seus conhecimentos, e por esse motivo, deverá também procurar outras certificações ISTQB®. Felizmente, a PSTQB tem à sua disposição todas as certificações ISTQB® disponíveis: não só focadas em áreas específicas, como o caso da ISTQB® CTFL Mobile Application Tester ou mesmo da ISTQB® CTFL Gambling Industry Tester; passando também para as mais comuns, como a ISTQB® CTFL Agile Testing; até à mais recente e que tem despertado bastante curiosidade na comunidade, como a ISTQB® CTFL AI Testing. Por outro lado, poderá também recorrer a níveis mais avançados, caso a sua carreira assim o exija: neste caso, o ISTQB® CTAL Test Manager e o ISTQB® CTAL Test Analyst, ou mesmo o ISTQB® Techincal Test Analyst são bons exemplos de passos a serem considerados. 3. Se estiver interessado em garantir uma certificação ISTQB®, faça-o através da PSTQB, com o apoio de alguma entidade entidade formadora autorizada, ou mesmo de forma autónoma se assim o desejar. Caso seja bem-sucedido, não se esqueça de atualizar o seu CV e perfil nas redes sociais profissionais, mantendo-se também em contacto com outros testers/QA’s no mercado.   Artigo original traduzido e adaptado do American Software Testing Qualifications Board (ASTQB).

Erro de Software Apaga Jogos das Consolas PS5

Segundo relatos nas redes sociais e fóruns, nos últimos meses, um erro de software afetou os utilizadores da PlayStation Network (PSN), que fez com que os seus jogos fossem removidos do seu histórico de transacções, impossibilitando por isso de serem utilizados. Inicialmente, este problema foi detetado e exposto por um utilizador através da rede social Reddit. “Nos últimos meses, tem havido um erro que afecta um número relativamente pequeno de utilizadores da PSN”, começa por dizer a publicação. O erro, alegadamente, envolve a desvinculação de jogos comprados e títulos adicionados à sua biblioteca através da PlayStation Plus (PS+) do seu histórico de transacções. Concretamente, este bug parece estar relacionado com as licenças de jogo, que fez com que os jogadores recebessem a mensagem de erro CE-117773-6, aquando da sua utilização.  Segundo o autor da publicação original, os utilizadores afetados podem reparar que o seu histórico de transacções aparenta estar a funcionar corretamente normal, no entanto, o separador “Comprados” apenas mostra os títulos que foram adicionados após o erro – “Ao tentar fazer o download, ser-te-á pedido que o compres/adiciones na PS+, mas se tentares fazer isso, o sistema dir-te-á que já tens o conteúdo.” Na prática, segundo este utilizador, os jogos instalados afetados pelo bug aparecem com um ícone de cadeado e não são iniciados. Desde que foi publicado, o post recebeu milhares de reacções e centenas de comentários. “Precisamos que os legisladores aprovem leis que protejam os direitos dos consumidores quando se trata de bens digitais”, afirmou um outro utilizador. É certo que a propriedade digital tem uma série de vantagens em relação aos jogos físicos, sendo mais rápidos de carregar e evitando o acumular/armazenamento de discos. Ainda assim, apresentam um grande inconveniente, uma vez que estão sujeitas às empresas de poderem retirar o acesso aos jogos em qualquer altura. Não sendo este o caso, mas a vulnerabilidade aos erros e falhas têm impedido as pessoas de aceder temporariamente aos seus jogos. Houve, por outro lado, quem defendesse a Sony, afirmando que todos os softwares estão sujeitos a bugs em qualquer momento – “Não existe nenhum software amplamente utilizado que não tenha bugs”, lê-se na mesma publicação. O autor do tópico original ofereceu ainda algumas dicas a alguns utilizadores que podem ser afectados pelo suposto erro: “A minha recomendação para qualquer pessoa que receba uma mensagem de erro ao tentar lançar um jogo que anteriormente foi lançado normalmente é que vá primeiro a Playstation.com e verifique a sua biblioteca de jogos – “Dêem uma vista de olhos ao separador “Compras” e certifiquem-se de que corresponde ao vosso histórico completo de jogos comprados/adicionados na PS+”, acrescentou. Deixando ainda um alerta: “Se alguma coisa parecer errada, não executem o comando ‘Restaurar Licenças‘ na vossa consola”. O US Sun contactou a Sony para comentar esta questão, mas ainda não obteve resposta.   O artigo original via TheSun e USTimesPost pode ser lido aqui e aqui.

Milhares de Pessoas Afetadas por Bug nas Telecomunicações

Na passada semana, uma falha de energia generalizada levou a que a gigante norte-americana de telecomunicações AT&T temesse o pior, no entanto, o problema esteve longe de ser algo realmente nefasto. A causa da interrupção da rede da AT&T foi revelada, e numa declaração publicada no site da própria empresa, e partilhada com a CNET, o problema em questão foi o resultado de um software e não de um ciberataque – “Com base na nossa análise inicial, acreditamos que a interrupção de hoje foi causada pela aplicação e execução de um processo incorreto utilizado quando estávamos a expandir a nossa rede, e não por um ciberataque”, diz o comunicado. Pode-se ler ainda: “Estamos a continuar a nossa avaliação da interrupção de hoje para garantir que continuamos a prestar o serviço que os nossos clientes merecem.” Esta interrupção ainda durou várias horas, afetando inclusivamente a conectividade móvel para usuários AT&T em todo o país. Além disso, uma fonte familiarizada com o assunto, afirmou à CNET que o problema ocorreu enquanto a AT&T fazia a sua manutenção regular, o que normalmente acontece durante a noite. Relatórios nas redes sociais sugeriram ainda que a interrupção foi generalizada, com Downdetector, um site onde os usuários podem relatar problemas com sites e serviços, mostrando um pico de problemas com a AT&T em todo o país. A operadora recomendou que os clientes utilizassem outros serviços, como chamadas Wi-Fi para se ligarem a outras pessoas enquanto a rede estivesse em baixo. O artigo original via CNET pode ser lido aqui.

Erro de Software Afeta Aterragem de Foguetão “Alpha”

Uma falha no software no sistema GNC (Guidance, Navigation and Control – “Orientação, Navegação e Controlo”), na fase superior do foguetão Alpha da Firefly Aerospace levou a que a carga útil não fosse colocada em órbita baixa. Durante a missão Fly the Lightning, no dia 22 de dezembro, a fase superior do Alpha não funcionou como planeado devido a um erro no software GNC, afirmou a Firefly num comunicado emitido este mês. Esta falha deixou a fase superior e a sua carga útil, um satélite de demonstração da Lockheed Martin, numa órbita de baixo perigeu. Após uma investigação que envolveu a Firefly e peritos independentes, descobriu-se que “um bug impediu o sistema de enviar os comandos de impulso necessários para os motores do sistema de controlo de reação antes da segunda fase”. A equipa do Firefly não revelou os detalhes deste problema, mas a avaliação preliminar é que este sistema foi utilizado para garantir a orientação correcta da fase e a regulação do combustível no motor. Bill Weber, diretor executivo da Firefly, disse que a equipa estava orgulhosa do seu trabalho que conduziu a uma investigação positiva. Segundo o próprio, tratou-se de uma importante conquista, e o objetivo a longo prazo é o desenvolvimento do Alpha como um foguete confiável que está em demanda no mercado de lançamento espacial. A Firefly está atualmente a trabalhar para corrigir o erro do software GNC e implementar outras alterações para melhor identificar problemas semelhantes no futuro. A empresa norte-americana afirmou ainda que o Alpha estará pronto para o seu próximo lançamento nos próximos meses, mas não foi indicada uma data específica. Como resultado deste erro, o satélite da Lockheed Martin acabou por entrar em órbita com um perigeu inicial de cerca de 215 quilómetros. A Lockheed acelerou os testes da tecnologia de antenas de satélite e atingiu objectivos de missão significativos em apenas algumas semanas. O satélite entrou na atmosfera terrestre a 10 de fevereiro. A Firefly não anunciou uma data exacta para o regresso do foguetão Alpha, mas os executivos da empresa confirmaram que planeia realizar quatro lançamentos Alpha este ano, tal como planeado antes do incidente. Brett Alexander, diretor de receitas da Firefly, mostrou-se confiante de que o incidente não irá abrandar o crescimento da empresa. O artigo original via Gadget Tendency pode ser lido aqui.

Seguradora Pede Reembolso de Milhões Devido a Erro de Software

A seguradora de saúde CZ quer que os clientes reembolsem milhões pagos devido a um erro informático Na Holanda, a seguradora de saúde CZ, viu o seu sistema a ser afetado por um erro de software, responsável por gerar automaticamente uma declaração que levou a dezenas de milhares de clientes a receberem reembolsos mais elevados do que aqueles a que tinham direito em 2022 e 2023. Segundo o De Volkskrant, diário neerlandês, a CZ exige agora a devolução desse dinheiro, tratando-se de uma quantia a rondar os milhões de euros. O erro em questão está relacionado com a avaliação dos tratamentos dentários das pessoas que subscreveram um seguro complementar para esse efeito. Em causa está a cobertura de tratamentos que resultaram de um acidente, e em alguns casos, a CZ pagou também tratamentos que não estavam relacionados com qualquer tipo de acidente. Segundo o anúncio através de uma carta enviada aos clientes afetados no final de janeiro, a seguradora neerlandesa admite que: “ocorreu um erro nos nossos sistemas”. O facto dos clientes da CZ não serem os culpados pelo erro não é razão para a CZ não recuperar o dinheiro: “De facto, as pessoas receberam uma indemnização a que não tinham direito”, declarou o porta-voz da CZ. Se a empresa não recuperar o dinheiro, todos os segurados terão de pagar pelo erro, “o que não é justo”, acrescentou, admitindo ainda que a maior parte dos clientes terá apenas de reembolsar algumas dezenas de euros. O artigo original via NL Times pode ser lido aqui.

Bugs de Software: O Desafio dos Veículos Elétricos

O aparecimento de carros elétricos foi um dos aspectos mais marcantes da indústria automóvel nos últimos anos. Estes veículos possuem uma tecnologia diferente dos tradicionais veículos movidos a combustível fóssil, e são frequentemente apresentados pelos fabricantes como “veículos definidos por software”, uma expressão que pretende ilustrar a tecnologia inovadora destes veículos. Estes veículos são altamente dependentes do software e o seu problema é que pode apresentar bugs, principalmente nas primeiras versões. Veja-se o que aconteceu à Apple, cujos problemas de sobreaquecimento no modelo iPhone15 foram causados por erros de software. Não há como esconder a situação: os bugs de software podem causar problemas graves, e se o mesmo for complexo, a identificação e correcção dos problemas pode ser complicada. Embora a procura de veículos totalmente elétricos esteja a aumentar devido à superioridade competitiva e aos incentivos de alguns governos, vários fabricantes (incluindo GM, Volkswagen e Volvo) estão avaliar e a rever o seu processo de desenvolvimento. A GM, por exemplo, adiou a produção dos seus camiões elétricos, nos Estados Unidos. A Volvo adiou as entregas do seu novo EX30 devido a “desafios” de software. Como diz o ditado: mais vale prevenir que remediar. É convicção comum entre os consumidores que não se deve comprar um veículo no primeiro ano após o seu lançamento, sendo importante dar um tempo aos fabricantes para corrigir os problemas que inevitavelmente surgem em qualquer veículo nos primeiros tempos após o seu lançamento, e com os desenvolvimentos tecnológicos, os fabricantes aperfeiçoaram e automatizaram os seus processos de fabrico, testando todas as componentes e a integração destas. No entanto, no que toca ao software as coisas são diferentes: A complexidade do código, as dificuldades nas definições dos seus requisitos, as especificidades de cada veículo, a necessidade de recrutamento de pessoas com as competências certas, a importância da definição de processos adequados de desenvolvimento e testes de software são alguns dos muitos problemas enfrentados pelos fabricantes de veículos elétricos. Alguns fabricantes acabaram por reconhecer que o desenvolvimento de software não estava na sua área dos conhecimentos. E assim, vemos hoje que vários fabricantes a fazer um enorme esforço nesta área, recrutando especialistas no desenvolvimento e testes de software, que os ajude a compreender e a integrar adequadamente o software nos seus veículos. O artigo original via PopSci pode ser lido aqui.

Erro de Software Leva a Recall de 200 Mil Veículos

A Tesla está a proceder à recolha de quase 200 000 dos seus veículos eléctricos para corrigir um problema de software, responsável por pode impedir que as suas câmaras de visão traseira funcionem corretamente, quando os carros estão em marcha-atrás. Esta recolha inclui alguns Tesla Models S, X e Y de 2023 que possuem tecnologia de condução totalmente autónoma. De acordo com um relatório divulgado esta semana pela National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), o problema com as câmeras retrovisoras dos carros foi descoberto quando a Tesla começou a receber relatórios sobre este fenómeno, no final de dezembro. A Tesla não tem conhecimento da ocorrência de quaisquer acidentes devido ao problema, e segundo a NHTSA, a empresa lançou uma atualização de software que pode resolver o problema, e que os proprietários serão notificados via carta, que serão enviadas até 22 de março. Segundo o relatório, desde janeiro, a Tesla já recebeu mais de 80 reclamações de garantia, possivelmente relacionadas com o problema. Não é a primeira vez que a gigante norte-americana se vê obrigada a emitir recolhas de veículos, tendo o feito com alguma regularidade ao longo dos anos. Mais recentemente, a empresa fez o recall de mais de 2 milhões de veículos em dezembro devido a uma falha em seu recurso de direção autónoma do piloto automático. O recall ocorreu após uma investigação de dois anos pela NHTSA. O artigo original via The Hill pode ser lido aqui.

O Derradeiro Trabalho no Mundo de IA: Testes de Software

Se a previsão de que a IA vai eliminar a maioria dos empregos estiver perto de ser verdade, há uma profissão que certamente sobreviverá: testes de software. Os testers de software serão os guardiões da qualidade, da ética e do comportamento em sistemas baseados em IA. Vamos olhar para cinco razões pelas quais isso é verdade, especialmente no caso de testers de software certificados. 1. A Presença Humana no Mundo da IA O primeiro ponto (e mais crucial) a considerar é a insubstituível presença humana que os testers de software trazem para a mesa. A IA, apesar dos seus avanços na lógica e no processamento, carece do toque humano – a intuição, a capacidade de perceber subtilezas e o julgamento ético que são características da natureza humana. Os testers actuam como interface humana crítica, garantindo que os sistemas de IA estam alinhados não apenas com as especificações técnicas, mas também com os valores humanos e as normas sociais. 2. Uma Rede de Segurança na Implementação da IA A segurança na implementação de IA é uma preocupação primordial e os testers de software estão na vanguarda deste campo de batalha. O risco de permitir a autoavaliação dos sistemas de IA é semelhante a um circuito de energia não testado. A IA não pode ser testada de si própria. Os testers humanos fornecem uma rede de segurança, oferecendo uma perspectiva objectiva e crítica que impede que os sistemas de IA operem de formas potencialmente prejudiciais ou não intencionais. O seu papel é crucial em setores onde os riscos são mais elevados, como os cuidados de saúde, o automóvel, o aeroespacial, a defesa e as infraestruturas públicas. 3. A Garantia de Qualidade de Testers Certificados Dada a natureza crítica desta função, é importante distinguir entre testers amadores e testers certificados. A análise mostra que o envolvimento de testers de software certificados leva a uma eficiência de detecção de defeitos superior a 99%. Isto contrasta fortemente com a taxa de eficiência de 35% quando amadores, como programadores, realizam testes. Além disso, a taxa de introdução de novos problemas e a correcção dos problemas existentes cai significativamente com o envolvimento de testers certificados.[1] Estes dados não são apenas uma prova da capacidade dos testers certificados, mas uma advertência clara da sua indispensabilidade para essa função crítica de qualidade. 4. A Complexidade Evolutiva da IA À medida que os sistemas de IA se tornam mais complexos, aumenta a probabilidade de surgirem problemas difíceis e imprevisíveis. Os testers de software são essenciais para navegar nesta complexidade, trazendo um nível de conhecimento, compreensão e adaptabilidade que a IA, no seu estado actual, não consegue alcançar. O papel dos testers de software está a evoluir de mera identificação de defeitos para arquitectos da segurança e fiabilidade da IA. 5. A Tutela Ética da IA Outro aspecto vital frequentemente esquecido é o papel dos testers de software como guardiões éticos. À medida que a IA começa a tomar decisões que impactam as vidas humanas, as implicações éticas tornam-se uma preocupação crítica. Os testers de software servem como ponto de verificação, garantindo que os sistemas de IA cumpram os padrões éticos e as normas sociais. Este papel está a tornar-se cada vez mais crucial à medida que lidamos com as implicações morais da IA na vida quotidiana. A Profissão Permanente no Futuro da IA: Tester de Software Os testers de software são os humanos que nunca poderão ser substituídos um futuro dominado pela IA. O seu papel transcende a mera supervisão técnica porque são os guardiões da segurança, da ética e da fiabilidade num mundo automatizado. À medida que nos aventuramos mais profundamente na IA, a necessidade de testers de software competentes, perspicazes, certificados e éticos vai aumentar. Não estão apenas a acompanhar os avanços tecnológicos – estão também a moldar activamente um futuro onde a IA serve a humanidade de forma segura e responsável. Na narrativa do nosso futuro orientado pela IA, os testers de software não são apenas participantes, são os derradeiros profissionais que garantem que este futuro seja seguro, ético e alinhado com os valores humanos. O artigo original via American Software Testing Qualifications Board pode ser lido aqui. —————– [1] 10 Reasons You Need Testers Certified by ASTQB – ISTQB in the U.S.

Centenas Acusados de Fraude e Roubo Devido a Erro de Software

O Governo britânico está a analisar como inocentar e indemnizar centenas de gestores de balcão dos correios punidos por erros contabilísticos resultantes de falhas informáticas – “Estamos a tratar do assunto e que queremos corrigi-lo. O dinheiro foi posto de parte. O que estamos agora a analisar é como é que podemos acelerar o processo”, afirmou, esta segunda-feira, aos jornalistas o primeiro-ministro, Rishi Sunak, durante uma visita a Accrington, no norte de Inglaterra. O chefe do Governo confirmou que o ministro da Justiça, Alex Chalk, e o secretário de Estado da Economia, Kevin Hollinrake, vão reunir-se esta tarde para discutir uma estratégia. Alguns políticos sugeriram que todas as pessoas condenadas injustamente devem ser ilibadas coletivamente através de legislação para desbloquear indemnizações. Mais de 700 gerentes de balcão foram acusados de fraude, roubo ou falsificação da contabilidade pelos correios britânicos Post Office entre 1999 e 2015 quando, na realidade, se tratava de uma falha informática. Posteriormente foi descoberto que as discrepâncias nas contas eram causadas pelo sistema informático instalado pela empresa japonesa Fujitsu, cujos problemas o Post Office procurou omitir. Durante anos, a empresa estatal afirmou que o software Horizon era de confiança e obrigou os gerentes de balcão a reembolsar os défices contabilísticos. O escândalo já era conhecido, mas voltou a ser notícia nos últimos dias na sequência do sucesso de uma minissérie transmitida na televisão pela estação ITV, que conta a história da campanha em busca de justiça levada a cabo por alguns dos prejudicados.  Uma das sociedades de advogados que representa pessoas afetadas revelou ter contactada por pelo menos mais 50 nas últimas semanas. A série de quatro episódios “Alan Bates vs the Post Office” retrata a batalha liderada ao longo de duas décadas por um dos antigos gestores dos correios para expor a verdade e ilibar os trabalhadores dos correios injustiçados. A Polícia Metropolitana de Londres revelou na sexta-feira estar a investigar se a empresa cometeu fraude ao ficar com o dinheiro obtido na sequência destas acusações e condenações injustas. Por outro lado, também estão a ser investigados os responsáveis da Fujitsu por falso testemunho e obstrução à justiça, mas de facto, não houve detenção em quatro anos. Em dezembro de 2019, um juiz do Supremo Tribunal considerou que o sistema informático continha uma série de “falhas, erros e defeitos” e que havia um “risco significativo” de causar défices nas contas das agências postais. Desde então, foram anuladas 93 condenações, mas só 30 destas pessoas receberam indemnizações integrais e definitivas e ninguém do Post Office ou de outras empresas envolvidas foi preso ou acusado criminalmente. Três regimes diferentes de compensação financeira foram criados ao longo dos anos, resultante no pagamento de mais de 150 milhões de libras (174 milhões de euros). Um inquérito público lançado em 2020 está previsto ser concluído este ano, e deverá revelar pormenores sobre aquele que é considerado um dos maiores erros judiciários no Reino Unido. O artigo original via Observador pode ser lido aqui.