No final do passado mês de julho, um erro de software nos sistemas de radar da National Air Traffic Services (NATS), no centro de controlo de Swanwick, Hampshire, levou ao encerramento temporário do espaço aéreo sobre a Inglaterra e País de Gales, provocando uma suspensão geral dos voos por cerca de 20 a 60 minutos. Apesar da rápida resolução técnica — com a NATS a ativar um sistema secundário em cerca de 20 minutos — os efeitos desse apagão seguiram-se durante horas, com congestionamentos de aeronaves e tripulações desalinhadas para retomar as operações normais.
Mais de 150 voos foram cancelados, e estima-se que tenha afetado mais de meio milhão de passageiros. A Secretária de Estado dos Transportes, Heidi Alexander, convocou o CEO da NATS, Martin Rolfe, para explicar o sucedido e garantir medidas preventivas para o futuro. A Ryanair exigiu a demissão de Rolfe, afirmando que falhas anteriores — incluindo uma em agosto de 2023 que afetou cerca de 700 mil passageiros — não serviram de lição. Especialistas e opositores políticos pedem uma investigação governamental independente sobre a resiliência da infraestrutura de controlo aéreo do país.
Embora os sistemas de emergência tenham garantido que não houve nenhum ataque cibernético, nem risco para a segurança dos voos, o incidente deu visibilidade às fragilidades latentes nos sistemas centrais de controle de tráfego e reforçou a urgência de modernização e planos de contingência mais robustos.
O artigo original via The Telegraph pode ser lido aqui.