Por vezes, um pequeno erro ou um bug pode causar danos gravíssimos. Neste artigo, veremos alguns tipos de erros que são cometidos ao criar/manusear um software que foram responsáveis por danos avultados em alguns milhões de dólares.
O “Morris Worm” é um destes casos. Entende-se-se por “worm”, um programa de computador de malware autónomo que se multiplica e se espalha para outros computadores. Este foi um bug muito curto, mas perigoso, escrito inicialmente por um estudante de pós-graduação chamado Morris. A sua popularidade ganhou ênfase ao ter inspirado a introdução de uma nova camada de segurança no computador – a segurança da Internet. Este foi o primeiro worm a invadir a internet e danificar outro computador sem cabo ou meio físico, programado para explorar senhas e frases fracas.
O bug “Y2k” é também um outro destes exemplos. Pelo menos de forma direta, este bug não foi responsável por milhões de dólares gastos, mas de facto provocou inúmeros custos devido ao medo causado nas pessoas.
Com a chegada do ano 2000, grande parte da humanidade receava de um erro que havia sido cometido nas décadas anteriores. Para entendermos este bug é necessário compreender o sistema métrico que temos agora e o que existia antes para calcular tudo o que estivesse relacionado com o tempo, incluíndo pesquisa, estatística, etc. Atualmente, o sistema completo é alterado para um número de ano constante (data). O número do ano em que vivemos é, naturalmente, 2022 e o computador considera-o como 2022, no entanto, não era assim que a numeração funcionava antes: Antes do advento dos computadores, as pessoas não tinham um processo de pensamento a longo prazo sobre como as datas poderiam ser numeradas, e por isso, até ao momento eram apenas utilizados os 2 primeiros dígitos da data do ano em que viviam. O que significa que, para alguém a viver em 1998, o computador consideraria apenas 98 como a parte importante e descartaria os outros 2 dígitos.
Assim, a partir do ano 2000, inúmeras pessoas pensavam que os números começariam a sobrepor-se, e que consequentemente os computadores começariam a transmitir informações incorrectas, levando assim a um certo desespero e urgência em comprar ou vender estes hardwares. Porém, a realidade é que nada disto de facto aconteceu. Nos primeiros dias a grande maioria das empresas simplesmente alterou o seu sistema de datas e a forma de processá-las, e tudo voltou ao normal.
Estima-se que este todo este medo gerado seja responsável por uma perda de mais de 1,2 milhões de dólares e ainda que, se de facto este bug tivesse ocorrido como expectável, esta perda poderia chegar aos 200 biliões de dólares.
Por fim, a “Mt. Gox” – a maior transação de bitcoin do mundo na década de 2010, até ser atingida por um bug de software que se revelou fatal. O problema revelava-se sempre que ocorria uma transação de dinheiro: a solicitação seria enviada aos servidores, embora devido a um erro no programa, a transação acabaria por não acontecer, causando assim uma perda estimada de de 1,5 milhão de dólares para os remetentes e destinatários destas quantias.
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