Nos Estados Unidos da América, um erro de software levou a uma confusão generalizada entre milhões de residentes do condado de Los Angeles que receberam uma mensagem de aviso de evacuação pouco depois da eclosão do incêndio de Kenneth em Woodland Hills, de acordo com um relatório divulgado pelo gabinete do deputado norte-americano Robert Garcia. A mensagem de texto foi enviada para os telemóveis dos residentes a 9 de janeiro, pouco depois de o incêndio de Kenneth ter começado, durante uma forte tempestade de vento que, dois dias antes, tinha provocado os devastadores incêndios de Palisades e Eaton, que destruíram milhares de casas.
A mensagem destinava-se apenas aos residentes de Calabasas e Agoura Hills, uma vez que o incêndio se estava a propagar para oeste na sua direção. Vinte minutos depois, o condado enviou outro alerta corrigindo o erro e esclarecendo que o aviso era apenas para a área de evacuação do incêndio de Kenneth, diz o relatório – “O falso alerta do incêndio de Kenneth foi uma chamada de atenção”, disse Garcia numa declaração. “Mostrou as consequências das falhas de software, da redação vaga das mensagens e da falta de normas federais. Temos de modernizar os nossos sistemas de alerta de emergência para garantir que os avisos são exactos, oportunos e direcionados. A confiança do público está em jogo”.
As mensagens erradas foram enviadas porque um elemento preciso da área de avaliação não tinha sido carregado no sistema federal de alerta e aviso ao público. A Genasys Inc., que supervisiona os alertas, não notificou o condado de que o elemento estava em falta, pelo que o alerta foi enviado a cerca de 10 milhões de pessoas em vez dos bairros visados, segundo o relatório. A empresa disse acreditar que o erro se deveu a uma possível interrupção da rede, mas não entrou em pormenores, diz o relatório. Através do mesmo relatório, consta que desde então, a Genasys acrescentou salvaguardas para corrigir o problema, incluindo um aviso ao utilizador quando o elemento está em falta.
O artigo original via EastBayTimes pode ser lido aqui.